terça-feira, 22 de julho de 2014

Trair é uma escolha

Trair é uma escolha, não um erro. 
 (7 palavras que formam uma frase tão simples, mas com dúbia interpretação)
 

O texto "Amante Virtual" (O Porco Filósofo!) trouxe a tona diversos questionamentos acerca sobre o que realmente seria uma traição e o que isso implicava na construção do caráter de uma pessoa.
A nossa primeira aula prática foi palco de um júri baseado no texto designado pelo Professor Eric Maheu. Nesse texto, construído a partir da análise de um caso fictício, Dick é um homem casado há muitos anos com sua esposa, mas que, ao não sentir mais desejo por ela, decide utilizar o serviços de uma "Amante Virtual", um avançado software de computador que promete ser "melhor do que de verdade!" e se compromete a realizar todas as necessidades sexuais da maneira mais realista possível.
A questão é: isso se configura como uma traição? Isso é ético?
Para tentarmos responder as indagações que surgiram ao longo da leitura do texto, o júri foi montado.
De um lado, a acusação condenava a atitude egoísta de Dick ao tentar buscar um prazer unilateral que poderia causar um vício em um programa de computador que era virtual, porém traía sentimentos reais.
Do outro lado, a defesa fundamentava sua argumentação com a justificativa de que o sexo era uma necessidade fisiológica em que não haveria afetividade envolvida, além do fato de que Dick teria procurado uma amante virtual na tentativa de preservar a sua esposa.
Depois de muitas discussões e por unanimidade a atitude do réu foi condenada, considerada antiética e imoral. Mesmo com esse entendimento do júri, na minha opinião, a atitude de Dick foi apenas uma forma mais "criativa" de se buscar uma realidade virtual, facilmente conseguida através de revistas, sonhos, filmes pornôs e pensamentos. Configurando-se, assim, como uma atitude aceitável diante do atual contexto de sociedade em que vivemos. 

Aula do dia 5 de abril de 2014, Letícia Brandão. 

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